A Morte

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No mês de maio, das noivas, de Maria, das mães, a minha se foi. E eu, diariamente, faço força pra ficar.

Fiquem sabendo

Dezembro...
O que estou fazendo?
O que estou querendo?
Será que estou morrendo?
Sequer escrevendo...
Às vezes nem vendo
E sempre sofrendo...
Eu não entendo
Por que continua doendo.
Também não me lembro
De ninguém me dizendo
Que a tristeza sairia correndo.
E o copo de lágrimas continua enchendo

As chaves que abrem a prisão

Tudo resolvido. Cartas na mesa, de repente nada dá certo e a frustração vem forte. Além disso, a raiva pela injustiça sofrida. As pessoas são tão mesquinhas... Mas, como me disseram para me confortarem: apesar das cicatrizes, continuo viva. E eu hei de ir para um lugar melhor.

Esperança

Há de chegar a hora em que eu me livre das amarras, do peso que me sufoca, das dores que me consomem.
Há de chegar a hora em que os problemas serão resolvidos e, antes disso, haverá coragem pra enfrentá-los.
Há de chegar a hora da vontade voltar com força.
E a alegria, fujona, dar o ar de sua graça!

Pontuar

A ponta aponta um ponto.
De chegada?
De partida?
De referência?
De equilíbrio.

E lá se vai mais um dia...

Três meses e um ano velho e desgastado, retorno, a uma semana das minhas férias pra estabelecer um compromisso comigo mesma de docilidade e zelo com meus desejos. Eu me enxergo, me reconheço, me perdoo. E me respeito.