Que bom que você veio!

A internet é um lugar incrível. Meio praia, porque reúne todas as tribos, meio coração de mãe, porque "sempre cabe mais um" - mesmo que você não use aquele desodorante da antiga propaganda... E-mail cá, e-maile-eu aqui. Utilizando um meio de comunicação que atinja todas as pessoas... Que quiserem serem atingidas! Acertei?

domingo, 30 de dezembro de 2012

AMOR LIVRE É PLEONASMO!!

Rodo a internet à procura de um texto que li nessa madrugada.

Encontro de tudo, menos o dito cujo!

Mas me deparo com outro, espécie de manifesto, infelizmente sem constar autor(es) que diz no final:


"Experiências livres só acontecem entre corpos livres. Corpos sem proprietários, ou melhor,  proprietários de si. O resto não é nem emancipação nem liberação: é apenas resto. Resto de mulher, resto de homem, resto de gente, resto de corpo.

Corpos livres arruínam as hierarquias. Abolem os castigos. Desbaratinam as autoridades. (grifo meu!)

Amor livre é coisa de anarquista. É coisa de mulher livre, é coisa de homem livre, é coisa de gente livre, é coisa de corpo livre."

Mas já disse isso há anos e ainda repito: pra mim, amor livre é pleonasmo!

Diferença e Repetição...

Um instante de tempo, fugaz. De fuga.

Entre. Sonho e sono. Entre...

Olhos fechados, não se sabe quanto o cronos girou: segundos, horas, dias.

Sequer sabe se é certeza, desejo, lirismo, suspiro, devir.

Nessa cintilância de momento surge um cheiro doce.

Um calor de abraço por dentro do corpo.

Uma clareza: a via é de mão dupla.

Nesse ínfimo eterno e cálido, uma brisa suave...

Levou o sim e trouxe o caos.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

E isso nunca vai ter fim

Um dia hão de ficar em silêncio.

As palavras cessarão.

Olhos se encontrarão. E tudo o mais também.

Ondas e interferências.

Finalmente, palavras em atos.

A ocorrência do acaso. Transbordará.

Sem pressa, mas com força e com jeito.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Eu não vou deixar você com esse medo de se aproximar...

Mas ela está com uma saudade do menino...

O coração chega a dar uma torcidinha de tão apertado.

E a vontade de mandar um oi, hein? Grande, grande...

Mas a proposta não é essa. Quando um não quer, dois não se falam...

Mas pode sonhar, fantasiar, postar músicas que tem tudo a ver...


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

e-1/2...

Ela quer notícias só pra ela...

De qualquer natureza: bobagens, trabalho, segredos.

Ela quer contato, proximidade. Chance.

Ela tenta mui fortemente se desvencilhar, abortar. Mas é impossível. Dá um nó na garganta, um buraco no peito.

Ela quer oi, agendar uma data.

Quer olhar no olho pra (quase) nada.

Ela quer que tudo se esvazie, como num passe de mágica. Silencioso e intenso como foi preenchido.

Por que o caminho da volta não pode ser igual o da ida?

Amor saindo de fininho, à francesa. Tão bom. Tão adulto. Tão seguro...

A uma horas dessas... 


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Assim Seja!

Que a coragem venha embrulhada pra presente no Natal, como promessa ou permanente compromisso no Ano Novo, mas que jamais nos abandone! Porque ela nos traz uma alegria imensa e intensa!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Mortal

Sabe quando o farol fica amarelo e os carros se apressam pra passar?

Pode haver um pedestre, rente à calçada, olhando o farol vermelho ficar.

Sabe o instante, finalmente alcançado, em que a luz de cima se ilumina?

Pode ser o momento em que o pedestre, a sua travessia, inicia.

Ele sabe que o prudente era olhar para os carros: obedientes e parados.

Mas ele quer o choque, o baque.

A morte.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Coelho da Alice e o Tatu-Bola

Era uma vez dois animais, um coelho e um tatu-bola.

O coelho não existia e estava sempre atrasado. O tatu-bola estava... em extinção.

O coelho vivia correndo atrás de um tempo que ele não sabia qual era. E viu o tatu-bola.

O tatu-bola já tinha visto o coelho antes, mas este não reparou. Porque o tatu também era bola. E o coelho não enxergava direito.

Aí o tatu rolou pro caminho do coelho. Ele não viu de novo e caiu em cima do tatu. O coelho era bastante atrapalhado...

O tatu falava muito e o coelho ficou impressionado. Mas ele falava muito também e o tatu adorou.

E eles saíam por aí, rolando e correndo, felizes como crianças... O tatu gostava de rolar muito e achava que o coelho daria conta de ficar cada vez mais longe de onde sempre esteve.

Só que o coelho, sempre atrasado, percebeu que estava se perdendo e foi querendo ficar muito perto do tatu. Mas o tatu não queria proximidade. Apenas contato, nunca de vínculos.

E o coelho achou tudo muito complicado, porque vincular era uma forma de estar perto sem prender. Porque o coelho também corre bastante e detesta ficar parado. Mas correr com o tatu-bola era muito mais gostoso!

Só que... Só o tatu-bola pensava que sabia de tudo. Só porque ele conhecia muito mais coisas do que o coelho. Só porque ele tinha duas formas. Só porque o tatu-bola tinha visto o coelho primeiro, achou que conhecia o coelho melhor do que o próprio.

Acontece que o coelho sabia exatamente o que queria. Porque ele tinha as quatro patas no chão sempre. E não (en)rolava. Corria pra fazer o que tinha que ser feito. Não havia tempo!!

Nunca se tem tempo! O tempo é uma ilusão! O tempo é uma sucessão de "algos" para coisa nenhuma. O tatu-bola podia falar isso. Mas o coelho sentia...

Sentia também que o tatu-bola queria rolar diferente com o coelho. Mas ele não falava, só seduzia. E o coelho não queria perder tempo. Os dois já estavam atrasados!

E o coelho se armou de coragem, pegou seus quatro pés de sorte e falou pro tatu-bola: eu quero rolar com você em outros espaços!

O tatu-bola se enrolou, se encapsulou, se afastou. O coelho ficou olhando, depois ele achou que era pra correr atrás do tatu-bola, que tinha sumido. E o coelho ficou correndo em círculos sem perceber.

E o coelho está sozinho, longe de casa. Atrasado. O coelho não sabe voltar, não reconhece os caminhos por onde correu; só via o tatu-bola.

O coelho tem tanta tanta coisa pra fazer, que tudo se acumulou e ninguém além dele faz. Porque o coelho vive sozinho e ainda cuida de mais coelho. E ele está dando pulos, com o narizinho nervoso cheirando um caminho pra voltar pra casa. Mas, no fundo, o coelho queria cavar um buraco. Porque ele não sabe virar bola. E queria ficar dentro dele bem parado, pra ver se o maldito tempo passa, já que o mundo não acabou.

E o coelho é tão tontinho, o coelho-caolho da Alice, que ele esqueceu que não existe. Nem nada do que ele sentiu ou pensou ter vivido. Que ele pode fazer o que ele quiser que ninguém vai ver.

Então ele fica todo vulnerável, tentando voltar pra casa e correndo risco.

De ir pra panela ou pra cartola.

O coelho é da Alice.

É ela a dona da história.

Ela pode pegar o coelho no colo, acariciar suas longas orelhas que escutam tantos conselhos díspares e falar docemente: vai pra casinha.

É só a Alice querer. Porque o coelho está assustado. Redondos olhos vermelhos olhando para todos os lados.

O grande medo do coelho é não conseguir fazer tudo antes de morrer. Porque ele nunca se esquece de que todos vamos morrer. Por que a gente é feito pra acabar.

Realmente, esse coelho não existe.

E o tatu-(comeu)-bola.

E tudo isso é muito triste...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Plantio opcional, colheita obrigatória...

Foram anos de dedicação exclusiva e amor diário, na certeza/esperança que tal sentimento fosse remédio/milagre.

Mas existe um tipo de gente - que poderia ser chamado de louco pra dentro (de si)* - que acha que amar é obrigação do outro, que só consegue jogar migalhas do "lamentável vínculo".

Até que um dia, seja por um motivo insuportavelmente doloroso ou porque não há mais forças para se carregar o outro nas costas,em que os nós são cortados, rompidos e queimados. Não há volta, não haverá volta.

E a vida vem imperiosa, cheia possibilidades, de amor fati. Total desorientação para se dizer com alegria e sofrimento inevitáveis: "sim!"

Nesse momento de explosão de encontros inexplicáveis, admiráveis, imponderáveis e de crescimento profundo, onde não há mais cabimento para ser o que se era, receber tentativas infrutíferas de contato é doloroso e inútil. Resta apenas rezar fortemente para que o indivíduo pare de se comportar como um fantasma que arrasta as pesadas correntes da culpa.

Seguir a vida é a forma mais possível de ser feliz.

*o neurótico seria o que pensa que não é louco e o psicótico, o louco "pra fora".

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tempo Perdido

É imensa a dor de magoarmos quem amamos. Mais ainda se isso é fruto de não nos compreenderem e se agimos por completa ingenuidade e grande pretensão.

Errar e nada poder fazer além de esperar, é de uma impotência sem tamanho.

Preciso aprender a ficar em silêncio. Urgentemente...

Preciso aprender com esse erro medonho.

Porque quando a gente erra assim, pensamos só na gente.

Porque quando a gente erra assim é porque não pensou do lugar do outro.

Isso mostra o quanto somos pequenos e ruinzinhos.

Quanta vergonha...

Vontade de sumir. E de desistir.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um fim de mundo

Agora é o início lento e demorado de retorno a si.

Os dedos se esticaram até o máximo mas pouco conseguiram tocar.

O que se quer é orbitar no nada.

O que se quer é uma relação de iguais.

O que se quer é?

Sabe-se lá...

O que não se quer é dúvida. Recados simbólicos, oníricos, processo de desunificar

Não se merece ausência de posicionamento, de notícias.

Quem garante que, tornar-se presa do sonho alheio não é encontrar alguém especial para envaidecimento sem fim? O outro como escravo-eunuco aceitando migalhas quaisquer.

Silenciar e parar é chegar à conclusão de que o amor nem sempre invade onde se quer.

E é em respeito a esse amor que se deve recuar.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mais parece o fim do mundo...

Meu amor...

Serás sempre o meu amor...

Platônico? Não! Está no real, total.

Amor puro. Lindo de viver.

Sem espaço pra ciúme.

Sem espaço pra traição.

Confiança mútua.

E o desejo?

Esse vai pra um outro espaço em que ele caiba.

E que uma hora aparece.

Porque aqui a relação agora é outra!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Devir-violência

A vontade é de segurar-lhe os braços e chacoalhar-lhe o corpo até que sua cabeça penda para frente e para  trás dizendo num quase grito:

Acorda! Acorda! Duvido que isso lhe tenha acontecido antes!

Para de fugir, de se enganar. De nos machucar!

Viva a vida, não apenas fale dela.

E agora?

Como tampo esse buraco?

Isso, como eu mato?

Abortar um sentimento...

Se eu não sei como ele entrou, como fazê-lo sair???

A vontade também é de furar-me inteira.

A lágrima não está limpando. Quem sabe o sangue purifique.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Só que eu não sei usar amor



Sou inquieta, áspera
E desesperançada
Embora amor dentro de mim eu tenha
Só que eu não sei usar amor
Às vezes arranha
Feito farpa

Se tanto amor dentro de mim
Eu tenho, mas no entanto
Continuo inquieta
É que eu preciso que o Deus venha
Antes que seja tarde demais

Corro perigo
Como toda pessoa que vive
E a única coisa que me espera
É exatamente o inesperado

Mas eu sei
Que vou ter paz antes da morte
Que eu vou experimentar um dia
O delicado da vida
Vou aprender
Como se come e vive
O gosto da comida

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Uma morte

Finalmente, cartas na mesa.

Mas os sonhos morreram.

As fantasias morreram.

Mesmo que as águas rolem.

Mesmo que sejam 24 quadros por segundo.

Foi hoje, 12/12/12.

Que se cortou um doce.

Que se soltou o sentimento.

Que se disse o que aconteceu.

Fichas não caíram, apenas o mundo.

Há uma tristeza tão grande nisso tudo...

A vida gritou e não se fez nada...

Morreu esse dia.

Passarinho quis voar, mas não sabia

Bateu no chão duro, agonizou.

Asas não servem mais. A morte chegou.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Para os que guardam sonhos

Oi Seu Medo, tudo bem?

Eu queria combinar algumas coisas com o senhor.

Primeiro, que o senhor não tomasse conta de mim e me impedisse de agir.

Também gostaria que não dificultasse minhas ideias e palavras.

Respeito-o muito. Mas sua presença está esmagando meu coração.

E o senhor está aumentando conforme o tempo passa. E nem chorando ameniza...

Se eu puder fazer algo pro senhor se instalar confortavelmente em algum lugar... Quem sabe no meu passado?

Mas deixa meu futuro livre, lhe imploro... Temos tão poucas chances na vida...

Queria meu futuro leve. O senhor é tão forte e poderoso, solta meu futuro...

Ass
"Um comunista"

sábado, 8 de dezembro de 2012

Tá quase...

Minha amiga não atende o telefone e você ainda não leu o que escrevi. Ou, se leu, não respondeu.

O fato é que eu preciso fazer alguma coisa além de pensar. Em você. Então vou escrever. Sobre você. De você (dê você...). Entre você. Para você.

Eu vou escrever pra esvaziar um pouquinho. Pra ver se o tempo passa e eu entendo. Entender? Quanta pretensão... Não é pra entender! É pra abaixar a cabeça e aceitar. Antes dos deuses a roubarem!

Eu vou escrever pra desapertar meu coração, pra ter coragem de voltar pros afazeres domésticos. Pra ter coragem de seguir em frente. Pra ter coragem de escrever minha vida.

Quero perder o medo! Que gruda no sapato igual chiclete quando a gente pisa sem querer.

Quero ver você. Olhar bem no teu olho e confirmar o que sentimos. Isso não é falta de juízo, é respeito pela vida!

Peito aberto, riso aberto, cabeça aberta, coração aberto, braços abertos!

Escuta, cheira, sente o novo chegando. Que forte tudo isso!

Graças alcançadas. Já fomos abençoados.

Agora é respirar fundo, dar as mãos bem apertadas e...

Eu amo você





quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Num passe de mágica


"Todo sentimento precisa de um passado pra existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que a pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."

Benjamim Constant

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Detalhe

O detalhe é discreto.
Algo delicado, quase invisível.
Pequeno gesto. Sutil.
Detalhe gosta de passar despercebido.
Uma nota, uma gota, um traço.
Um riso, uma exclamação. Um indício.
Detalhe é quase segredo.
Detalhe é transparência, é brilho. É perfume, é cor.
É beleza!
Sopro de vida. E de amor.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Décio Pignatari






20/08/27 - 02/12/12

domingo, 2 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Trecho de Os três mal-amados


Cordel do Fogo Encantado

Nihil

Nada.
Silêncio novamente.
Muito mais do que um dejà vu. Houve um combinado ignorado...
Coração fica tão apertado que a cabeça não pensa.
Talvez seja hora de sair de cena. Sempre é possível se machucar ainda mais, sangrar ainda mais...
De que adianta falar em amor fati e viver platonicamente?
Conta-se os dias há dias.
Conta-gota de minutos.
Areia da ampulheta caindo devagar e ininterruptamente.
O tempo está passando.
O tempo sempre está acabando.
E tempo não rima com sofrimento.
Tempo rima com conhecimento.
Florescimento.
Surgimento.
Encantamento.
Cabimento.
Cabe esperar.
Cabe aceitar.
Que existem pessoas que não conseguem. Simplesmente, não conseguem.
Deixar de serem como são.
Assim como você.
Assim como eu..

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Amor é pra quem vive




Qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um montão de claridade
contribuição
pra cura dos problemas da cidade

Qualquer amor que vem

desse vagabundo e bobo
coração atrapalhado
procurando o endereço
de outro coração fechado

Amor é pra quem ama

Amor matéria-prima
A chama
O sumo
A soma
O tema
Amor é pra quem vive
Amor que não prescreve
Eterno
Terno
Pleno
Insano
Luz do sol da noite escura
"qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um descanso na loucura"

Amanhã

Amanhã!


Será um lindo dia

Da mais louca alegria

Que se possa imaginar

Amanhã!

Redobrada a força

Prá cima que não cessa

Há de vingar

Amanhã!

Mais nenhum mistério

Acima do ilusório

O astro rei vai brilhar

Amanhã!

A luminosidade

Alheia a qualquer vontade

Há de imperar!

Há de imperar!
Amanhã!

Está toda a esperança

Por menor que pareça

Existe e é prá vicejar

Amanhã!

Apesar de hoje

Será a estrada que surge

Prá se trilhar

Amanhã!

Mesmo que uns não queiram

Será de outros que esperam

Ver o dia raiar

Amanhã!

Ódios aplacados

Temores abrandados

Será pleno!

Será pleno!

Eu não amo você...

Pela sua belíssima aparência.

Pelo seu cheiro delicioso.

Pela sua cabeça brilhante.

Pelo seu poder de sedução.

Pra eu amar, você tem que cair do cavalo.

Pode vir a pé.

Eu o quero atrapalhado.

A preocupação com o fruto. E com a raiz.

A aposta em nova relação. Mesmo que eu tenha dançado.

A aposta em mim... Mesmo não sendo o meu amor sua intenção.

A coragem pra mudar. Tantas vezes...

Resistente às tecnologias.

Nada fácil conviver com alguém nada prático. Tudo certo, sei bem o que somos.

E nem me venha com essa historinha de transferência. Nossa relação não é analítica.

Quanto mais real, mais amo!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

entre Goyas e dores e amores

"Viver é um desastre que sucede a alguns.”

Tomo o verso escrito por Caetano Veloso como um elogio ao amor fati, um canto de júbilo pela existência, pela singularidade da arte, pela vida em seu caráter multiforme. Ora, em que consiste o “desastre” se não na própria incongruência entre o caos e a forma, restando somente o ímpeto de conferir sentido a um turbilhão que nos é, antes de mais nada, indiferente?

Neste caso, o desastre não possui o significado de “catástrofe”, mas de algo que irrompe inevitavelmente, de um acontecimento inexorável...

(Bernardo Carvalho)

Que susto! Quase não entendi o que li...


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Tá doendo...

Sou eu o trapezista da "Primeira Dor"...

Sou eu!

Sou eu...

Artista, extraordinário e brilhante...

Não tinha entendido... Não me reconheci...

O que fazer?

Que espera infinita...

Que espera ínfima...

Que espera íntima...

Lá em cima

Do alto, do mais alto

do trapézio...


domingo, 25 de novembro de 2012

Também se tem medo

De se arriscar
De não ser correspondido
De não haver coragem para todos
Da crítica
Da exposição
Da maldade alheia
Do incerto
Do desconhecido
Da força disso tudo
Do futuro.

E de você


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Foge não

Desce do trapézio.

Tira o pé da rede e põe no chão.

Ninguém vai cair.

Mas, se o medo for muito.

Tudo fica. Parado. Como está.

Caminho contrário; quase nada de contato.

Silêncio e olho no olho. 24 quadros por segundo. 24 meses.

O amor já está aí. E o que se há de fazer?

Nada.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estranha distância

Desapontamento inevitável.

Talvez fosse o cansaço. Agora foi sua vez de esperar duas horas.

Mas havia uma distância brutalmente diferente da intimidade virtual.

Estranho, bem estranho.

Sem a menor possibilidade em se falar de algo que não fosse estritamente profissional.

E ainda a novidade de se adicionar um terceiro elemento - qual a necessidade?

Pegar no braço não foi suficiente - apesar de muito bom.

Olhar pra boca não foi suficiente - apesar de ter mexido por dentro.

Cantou um versinho - uma delicinha...

O que não fluiu dessa vez?

Estranha distância, certa frieza. Inexplicável.

Tentativas frustradas de outros assuntos. Só o objetivo principal e pronto.

Único ponto positivo foi a diminuição do intervalo.

O que há por trás da distância?

A distância ficou entre...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Hodos

De olhos fechados ela vê o dia que nunca termina.

Acaba de sair da livraria, espécie de paraíso, ouve um saxofone na rua cantar "What a wonderful world" e seu celular a tocar. Atende o número desconhecido. A voz não era. Vinha das profundezas do inferno.

Pediu um encontro. Aceitou. Por solidariedade. Horas ouvindo coisas que esperou por anos.

Implora por remota possibilidade num futuro incerto. Depois de matar e esquartejar a inocência alheia? Não lamente a distância. Agradeça estar livre da cadeia! Quanta sorte não se ter provas. Ah, é doença, né... Continue se tratando e esqueça quem agrediu.

E pede um abraço. Meu Deus, que triste fim! Corre pra casa, toma banho e lava corpo e alma pra tirar o cheiro de enxofre.

Alma leve. Acabou. Acabou. Acabou. Acabou. Acabou. Acabou.

Agora é seguir em frente porque importa é o caminho.

O que importa é o caminho!

domingo, 18 de novembro de 2012

Embalando a Dona Tristeza

Ela adorava Elis. E Sinal Fechado...


Notas de um pequeno blues


Saudade não passa né? É batida de coração entre as batidas do coração. É o contratempo inaudível, mas perceptível e, por vezes, insuportável.

É o silêncio da falta, da tristeza. Dá tristeza. 

Dá, tristeza! Devolve meu amor fati pra eu seguir em frente.

Tudo bem. Eu fico aqui parada esperando você passar. 

Só não demora muito porque quem fica parado é poste. E isso aqui é um post.

E eu sou movida à alegria.

Ass,

Gata Ri.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A espera do dia que vai terminar muito, muito bem


Que tal abrir a porta do dia, dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada…
Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem (2X)
Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito não
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez não
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem (4X)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O vazamento

A vizinha do andar de baixo interfona. Ela desce, a vizinha reclama, aponta o teto e mostra irritada: o vazamento voltou, está pingando água pelo batente.

Ela avisa que vai entrar em contato - de novo - com o pedreiro. E sobe as escadas.

A torneira do seu banheiro quebrou. Não para de jorrar água. É necessário fechar o registro. O único para os dois banheiros. Sem água ou água em excesso.

E o vizinho interfona de novo! Manda falar que está no banho. Que tal um pouco de sossego?

Dia seguinte, nova ligação às 7:00h da manhã! Compreensível o desejo de matar... Não!! Ela não vai descer pra ver a água pingando.

De noite, nova ligação. Como são sortudas as pessoas que convivem com seres humanos educados...

E o teto embolorado, água pingando, jorrando; o registro fechado e a torneira seca.

Tudo será quebrado, removido, consertado. De algum jeito, de qualquer jeito.

Mas é ela quem jorra, quem extravasa e inunda o vizinho que não quer essa água toda fora de lugar, estragando suas coisas. Sim, ela estraga tudo, sobretudo a si mesma.

Abundância que virou desperdício. E sua preocupação é com o silêncio. Nada do outro lado. Porque nada significa e assim será por um tempo. Longo para ela. A água afoga, sufoca e mata. Escorre continuamente para nada.

E "nada" pode ser insuportável. E nada também é espaço. Que espaço ocupa na vida do outro? Nada... Stupid girl...

Os beijos molhados vivem na cabeça oca. Porque o fato é o vazamento no apartamento de baixo.

E o nada à frente.

Quem é a 4ª pessoa do singular? Como se conserta alguém que se derrama tanto?

O vazamento é patético, o registro fechado é um saco, a reforma é ridícula.

Mas é o nada que dói, que humilha, que aponta e informa: não há nada para quem é ninguém.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Venir ici

Se você se arriscar.

Se você tiver coragem.

Se você assumir o que quer.

Se você se entregar.

Se você se permitir.

Se você agir.

Se você parar de pensar.

Se você fizer ao invés de falar de.

Se você pegar e mostrar a que veio.

Se você olhar de frente e encarar os fatos.

Se você sentir na pele.

Você vai viver.

Terá alguém ao seu lado.

E não vai se arrepender.

Um desejo...

Ah se a coragem fosse contagiosa...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Desse tamanhinho...

Coração tá apertadinho.

Bem pequeninho.

Porque tá escondidinho.

Que é prá ninguém ver.

Como tá estufadinho.

Recheadinho de carinho.

Ela aceitou o que sentia...

... Mas não dirá nada.

... Mas não fará nada. Nem pode.

... E cuidará, apenas.

... E seguirá, portanto.

... E esperará, olhando.

... E agradeceu, rezando.

sábado, 3 de novembro de 2012

Call me



Chama-me
Se você está se sentindo triste e sozinho
Há um trabalho que eu posso fazer
Diga a quem ama você somente
Eu posso ser tão afetuosa e sensível

Chama-me, não tenha medo, você pode me chamar
Talvez seja tarde mas apenas chama-me
Diga-me e estarei por perto

Quando tiver a impressão de que seus amigos o abandonaram
Ali haverá alguém pensando em você
Eu sou a única que nunca o magoarei
Talvez isso porque eu o amo

Agora não me esqueça porque se você me deixar
Eu estarei sempre perto de você
Você terá que confiar em mim, assim é que terá que ser
Aí está o máximo que posso fazer

Se você chamar, estarei com você
Você e eu permaneceremos juntos
Tome esse amor que eu demoro a lhe dar
Eu estarei ao teu lado para sempre

ooh, ooh, ooh-ooh
ooh, ooh, ooh-ooh

Não está mais aqui por enquanto

Houve a necessidade-precaução.

Guardar o pensamento-palavra é prudente.

A pasta é "rascunho".

Mas devia chamar "segredo".

Exceto para quem tem a senha...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desconecta

Sai.

Desliga. Relaxa. Esquece.

Vira. Muda. Espera.

Ri. Contempla.

Ajuda. Divide.

Arruma. Guarda. Troca.

Limpa. Lava. Cozinha.

Deita. Dorme.

Brinca. Ouve. Canta

Deixa...

Pra lá.

Pra depois.

Pra ver como é que fica.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Olha só

Talvez você não tenha percebido, mas usa bastante essa expressão: "olha só".

Atrás dela vem uma informação, uma dica, uma ideia, uma combinação.

Nela está contida uma alegria, uma empolgação, até uma agitação; quem sabe uma pequena vaidade - você já se viu no espelho...

E um aviso:

Olha. Só.

sábado, 27 de outubro de 2012

A construção do amor

Um abraço apertado, muita agitação. Nossa, que cheiro bom!

E que beleza...

Falava, falava, falava... E a lentidão do outro lado...

Cansaço, receio, um quê de inacreditável.

Difícil olhar nos olhos. Mas quando vinha a coragem, ai ai...

O relato da vida real, mostra dores parecidas, condições semelhantes, lares mui distantes.

E o silêncio algumas vezes não preenchido.

Havia uma felicidade tão grande... Mas, do outro lado, certa melancolia...

Quer encontros ao vivo, tem ideias mil, mas não faz ideia...

E a inocência? Lindo de ver!

Quatro horas falando!! E ouvindo. E passaria muito mais.

Cabe sotaque, cabe palavrão, cabe letra de música, cabe música, cabe sorrisos, risadas e segredos.

Sim, foi uma delícia.

Brotam dos lábios

E há vontade de beijar-te a boca a cada emissão tua desconhecida...

E há vontade de beijar-te (todos os) dedos a cada texto teu desconhecido...

E há vontade de beijar-te a alma a cada pensamento teu desconhecio...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

em 24h

Amanhã será um dia de descobertas.

Amanhã as palavras terão vários sentidos.

Amanhã os limites serão tênues.

Amanhã silêncio e som se revezarão.

Amanhã será o início, cujo fim nem imagino.

Amanhã quero sonho virando realidade.

domingo, 21 de outubro de 2012

Vem...

O Nascimento do prazer (trecho)
Clarice Lispector


O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós.

domingo, 14 de outubro de 2012

14 de outubro

Hoje é meu aniversário. 39 anos... A partir de agora não tenho a vida inteira pela frente. E acho que nem quero. Mas estou dolorosamente triste. Sem mãe, sem amor. Tenho meu filho, graças a Deus. Mas a certeza de que ele viverá lindamente a vida dele e a minha seguirá sozinha é bem desconsertante. Nem de longe era o que queria pra mim.

Nesse domingo, o último do feriado, vou fazer um almoço. Talvez saia com meu filho pra tomarmos um lanche. E eu queria fazer festa há uns meses atrás... E eu queria que minha paixãozinha me mandasse recadinho especial. Mas minha paixãozinha é só minha. Porque não me interesso por pessoas que se interessam por mim antes?

A vida doi. Às vezes não dá trégua nem no aniversário.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Flor de Lótus

Que toda peça de roupa, cada panela, móvel por móvel, eletrônicos, livros e revistas a perder de vista, tralhas e quinquilharias. Tudo do bom e do pior, vá embora amanhã, em cima daquele caminhão. Tire a dor, o desespero, o nojo, a traição, a deslealdade, a doença, a maldade, a lembrança, os anos dedicados a galho seco.

Que se tenha aprendido com tão grande erro. E, voltando a amar, escolha alguém que queira recebê-lo.

Assim Seja!

domingo, 7 de outubro de 2012

Virando a página

Um
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você o Sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você tudo se complicou
Dois
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer, naufragar
Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem bem
Não há lugar pra calunias
Mas por que não
Nos reinventar
Três
Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar..

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Não se pensa em outra coisa

Assume que você gosta dessa fixação. Que, sabe-se lá por que, te alimenta.

E o tempo vai passando e qualquer ato é senha. Brincadeira de gato e rato? Duelo de leões? Nada disso. Talvez os corpos estejam em saltitantes minuetos. Quem sabem iniciem um intenso tango - sua vontade maior, confessa!

Promessas, possibilidades... Ai futuro que não chega...

domingo, 30 de setembro de 2012

Fogo em brasa

Guarda isso bem guardado.

Não conta pra ninguém, não exponha, não demonstre. Se puder, nem pense. Se pensar, tente fazê-lo por breves momentos.

Não dê um único passo em direção à sua realização. O momento não é esse, a pessoa não é essa. Não estrague tudo. De novo...

Deixe dentro de você, por favor. Eu imploro. Alimente-se de silêncio, vista-se de silêncio, durma e acorde no silêncio. Torne-se o silêncio.

Ninguém pediu nada, ninguém quer nada. De você, com você. Preserve-se. Proteja-se. Não se mova, fique quieta e tudo passará. Há de passar.

Não se confunda, não se engane, não se sabote. Não se machuque. Cuide-se. Cure-se.

Espere, olhe. Ore. Lute por você, pense em você. Não se jogue, segure-se. Você vai cair. De alturas cada vez maiores.

Aprenda, pelo amor de Deus! Transforme, sublime, anule, arranque se for indispensável.

A ferida não estava fechada e você sangrou de novo. Por que, se você não gosta de sofrer?

Sem delírios, sem sonhos, sem diálogos imaginários, lindos e intermináveis. Pé no chão, cabeça no lugar, olhos bem abertos. Mão na boca se for para falar de sentimentos.

Controle-se. Você não é puro desejo, pura pulsão, puro instinto. Você é racional. Razão! Seja razoável. Alguma vez na vida deu certo se atirar? Aprenda com seus erros! Você não quer evoluir?

Que tal você redirecionar isso pra você? Não irradie calor.

Aqueça-se.

domingo, 2 de setembro de 2012

"Père-version"

Mansa, lânguida e quase silenciosamente se aproximou. Seduziu discreta e intensamente, tornando real todo o desejo. Pode? Pode! "Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei." Alimentou o corpo e a alma. Farta-mente. Veneno lento pingando como morfina no soro. A declaração "eu não preciso de vagina", mais do que estranheza, causou alívio. Acontece que tolice rima com burrice. Antes precisasse... Mas, se nada lhe falta, o que é que existe então? "Decifra-me ou te devoro". "Nhac!" Comeu pedaço por pedaço. Tudinho. Mas não era por fome, muito menos prazer. Porque sim e pronto e ponto. O coração arrancou com a boca e jogou no chão sujo. A massa sangrenta morrendo como peixe fora d'água. Nasce um zumbi. Morre a pureza.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tranquilo

Quando a tristeza dá um tempo a vida fica mais leve.

Então a gente lembra de quando era feliz. E mais nada.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Saudades de...

Minha mãe.
Um coração sem tristeza.
Um alegria ingênua.
Viver sem cicatrizes...

domingo, 8 de janeiro de 2012

2012

Se eu tiver fé, paz e esperança...

Pedro falou, tá falado!

E ele diz do alto de seus oito anos:

- Mãe, tirando gente, qual a coisa que vc mais gosta? Igual a armário, flor, montanha?

- Pode ser música? - Ela responde perguntando.

- Pode.

- E vc? (Mãe de curioso, curiosa é...)

- Eu gosto de morcego. E de Tecnologia.



- Sexta é dia de brinquedo! - Comunica o atarefado virginiano para sua avó.

- Tem certeza?

- Tenho sim, a professora falou.

- Vc já está na terceira série... Até quando vc vai levar brinquedo?

- Acho que vou levar brinquedo até a faculdade.

E eu desejo que vc queira brincar por toda a vida...

- Mãe, vi um homem tão feio na rua! Ele tava inteiro tatuado nas costas, nas pernas, nos braços e nos dedos das mãos. Fiquei com vontade de cantar pra ele:

"Quando Deus te desenhou, ele tava sem borracha, sem apontador e com o lápis sem ponta..."




Mãe, posso ver o DVD que vc me deu na Páscoa?
Pode. Mas não foi o Coelho que te deu?

- Não. O coelho de Páscoa só dá ovo. Presente dá vc e o Papai Noel no Natal...



E ele lê o recado da agenda pra mãe, muito solícito:

"Trazer para a próxima aula uma foto 3 vezes 4,

recente"...

Ensinado a tocar flauta doce: "Você tem que prestar atenção e colocar os dedos nos edifícios certos..."

Perguntas "básicas": De onde sai a teia da aranha, da laringe? Qual a coisa mais saudável do mundo?



O que realmente importa: (depois de ter retirado o aparelho ortodôntico fixo) "agora sim vc vai poder apertar minha bochecha e eu vou poder comer chiclete!"



Explicando porque não queria brincar com a garotinha: "tenho vergonha de brincar com meninas do sexo oposto"



Mãe, vc é de que signo? Peixes ou Camarões?

Por que os malucos gostam de arte?



- Mãe, por que o Presidente da República é rico?

- Ah, sei lá... Porque ele ganha muito dinheiro...

- E por que ele ganha muito dinheiro se ele não faz nada?

Comentário sobre a matéria do Fantástico, a respeito do sumiço do Belchior: "mãe, olha o Gopal!"



De que adianta lactobacilos vivos, se quando a gente agita o yacult eles morrem todos?



Mãe, explica EXATAMENTE o que é fé.