Que bom que você veio!

A internet é um lugar incrível. Meio praia, porque reúne todas as tribos, meio coração de mãe, porque "sempre cabe mais um" - mesmo que você não use aquele desodorante da antiga propaganda... E-mail cá, e-maile-eu aqui. Utilizando um meio de comunicação que atinja todas as pessoas... Que quiserem serem atingidas! Acertei?

sábado, 31 de maio de 2014

De assalto

A compreensão só é necessária no sofrimento.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Dê dê dê

Ele que pediu, mas...

Ela morre de medo de ligar.

Iniciar. Mais do que diálogos.

Uma voz que já sabe linda.

Ela morre de medo de ligar.

Sim.

Telefonar é unir.


Ah se um beijo na cabeça quase vermelha e um cheiro na barba que esconde um menino, tirasse a dor de uma existência marginal...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Voando

Quer o quê indo pra lá?

Do alto, no céu, pensa o quê?

Quer o quê?

Tão longe..

Boa sorte.

Tudo é válido.

Inclusive não saber.

Menos se enganar.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Just a matter of feeling



De olhos fechados, só os dois e a música.

E um pouquinho de álcool.

E muito desejo.

E o beijo?

After

A boca é símbolo de fazer.

Buraco da cabeça.

Entrada-saída de prazer.

Porta da vida.

Espaço de troca.

A boca coberta de feridas, tão dolorosas, denuncia.

(E preocupa).

Deixou um pouco de alma lá.

Recebeu outro pouco também.

A boca, na dor, mostra.

O que calou.

Abafou.

E uma saudade que vem.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Tadinha

Lembrou agora da outra atrás de si.

Fingiram que não se conheciam?

Patetas patéticas.

Mas é um chuchuzinho..

Sem sal..

Água e vinho. Tinto, rubro, quase negro. Calorias vazias que engordam e dão prazer.

Água hidrata.

Vinho festeja.

Água é Apolo.

Escondida atrás do Vinho..

domingo, 18 de maio de 2014

Colo

Amanhã vai olhar em seus olhos tão fundamente que se perderia em tempo-espaço.

Talvez pegue em suas mãos. Para acalmar.

Muita intensidade. É assim mesmo. Calma..

Amanhã a conversa há de ser leve e densa. Diamante.

Líquida. Limpa. Linda.

Banhada em momentos de silêncio.

Permita-se.

Alegria...

Fluxos III

Ela não está pronta para amar.

Nunca esteve. Nunca estará.

Ela não sabe amar.

Nunca soube. Nunca saberá.

Amar é verbo.

Verbo-agir.

Amar é sabor.

Amar é espaço aberto.

Entrar-sair.

Amar não acaba.

Re-agir

E o medo põe onde?

Medo se esconde na cabeça. No intestino. No estômago.

Nômade. Gente que nunca viu. Na areia e no concreto.

No real também?

Laços se constituindo...

Laços podem virar abraços e beijos na boca?

Talvez não queira mais isso. Nunca mais.

E o medo, põe onde?

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mais fluxos

As marcas na pele vão ficando fundas.

Sangue escorre.

Dor continua.

Cabeça lateja.

Sempre se digladiando com a boca de vidro sem dentes.

Pode-se afirmar um CsO de outras formas.

Vai descer até o último degrau do buraco cheio de merda.

O mal-cheiro lhe entope o nariz.

Quer vomitar.

Com força.

Bruta.

Chora.

De raiva e vergonha.

Vomita de novo.

Não para de sair coisa-comida

Amarelada gosmenta em pedaços

Garganta queima.

Vomita de novo.

Nem tem mais nada.

Estômago dói.

Corpo mole.

Tudo sujo.

Cheiro de merda e vômito.

Limpou só a boca.

Com a mão.

Bochechou água.

Medo de vomitar de novo. O quê, meu Deus??

Morta de cansaço e de vergonha.

Vergonha do dedo podre.

Vergonha de não (se) respeitar.

 

Grande ser tão...

Enfia a coleira que você odeia, mas que se rendeu a ela, no olho do seu cú.

Você comeu meus amigos com os olhos. Você sabe o que é bom.

Você só não sabe sentir delicadezas.

Passar a régua e virar a página não é a mesma coisa que fechar a porta.

Enfrentar o amor dói.

A vida dói.

Transforma a dor, lembra?

Em alegria.

Deixa seguirem os fluxos.

De escrita, de merda, de esperma.

Fica bem com a TOnta.

Com Kalu.

Com meus amigos lindos.

"Essa eu nunca te falei..."

Te amo esgotado.

Não preciso do teu falo.

Diadorin e Riobaldo.

Leia isso.

Você insinuou que me achou.

É possível seguir inteiro-pleno.

Livre nessa prisão de mundo-merda de fachada.

Você tem um linda flor pra cuidar.

Eu tenho minha pedra fundamental.

Tô contigo em qualquer decisão.

Inclusive se você fechar a porta.

Você está fechando.

E eu estou partindo.






quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mão na maçaneta

Voltar ao passado.

Deslocamento.

Quando conseguir fechar a porta,

Estará do lado de fora

ou de dentro?

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Radar

Segundos que ninguém vê guardam virtuais.

Mensagens parecem ter destino, mas se diluem em outros.

Não existe mais o único canal-simbiose.

Loucuras abafadas então.

Tempo esgarça saudade.

Buraco-falta é via de mão-dupla?

Velocidade é zero.

Nômades se deslocam por necessidade.

Intimidade..

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Chora querida, pode chorar.

Toda morte dói.

Idioburra

Não era isso que ela queria? Que se desatassem os nós?

Não era isso que ela queria? Ficar livre, enfim?

Não era isso que ela queria?

Não?

Que peninha...

Ostra... Cisma...

Pode esquecer...

Sua importância é: nenhuma.

domingo, 11 de maio de 2014

Que horas são?

Que dia é hoje?

Escreveu quando?

O que vai fazer amanhã? E depois?

É bonito ver os passos firmes da certeza.

Mas eles passaram na frente de um olhar perdido.

De uma cabeça meio morta.

De um coração apertado.

Esse tempo que empurra e machuca e (des)controla. Foge.

Porque se nega um fim.


sábado, 10 de maio de 2014

Plicar

Faça dobra menina..

Porque a gente fecha o olho quando sente dor.

Faça dobra menina..

Recolha o corpo, por anos esticado em sessões torturantes.

Faça dobra menina..

Um pouco de silêncio apenas para escutar música e enxugar lágrima.

Faça dobra menina..

Um pouco de silêncio apenas para ver imagens e enxugar lágrima.

Faça dobra menina..

Você sabe o quanto está cansada.. Pode chorar, então.

Faça dobra menina..

Descanse seu coração.

Não pergunte, não inicie, não avance.

Faça dobra e sombra.

Espere.

À morte segue um germinar.




domingo, 4 de maio de 2014

Última dor.

Ela não queria descer do trapézio.

Nunca.

Ela se jogou.

Afirmação de um CsO.

Foi suicídio.

Não há coragem.

Covardia e desespero.

De alguém que "não desmorona nunca".

Ninguém sabe.

Não faz barulho.

Dor é muda.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Uma diferença

Sabe qual é?

Uma produz.

Outra reproduz.

Uma cita.

Outra excita.

Uma leva.

Outra releva.

Uma cala.

Outra rala.

Uma é fora.

Outra é dobra.

Recado para uma desequilibrada

Quer dizer que ocupamos um mesmo espaço virtual há muito tempo?

Quer dizer que é pra você também que eu mando umas palavras?

Ah magrinha de lindos olhinhos juntinhos... Além de cara de boneca, é de pau também? Nunca li uma linha sua lá. Preguiça, "falta de tempo", burrice - sabe, começo a pensar se vc não é mera reprodutora... De ideias, porque de gente, pode esquecer. Ah, você não quer, né? Tá bom. Continuemos sangrando então. Covardia... Quem sabe um silêncio não esconde covardia? Que feio julgar Dra. Nise Abramovic... É feio mesmo. Feio também é esse mundo que precisa de relações de fachada.

E quando soube da notícia-bomba, virei adjetivo no gerúndio. Dessubjetivada? Não, burguesinha-suquinho-de-maçã! Isso tinha cheiro de ciúmes. Melhor, de inveja. Pior, porque é desnecessário sentir inveja de mim. Dói pra car...amba ser eu.

Continue lendo minhas palavrinhas. Mas, logo logo, para de dar a fita... Porque uma distância chega, inevitável. E isso pode levar à saudades. De querer saber. De se querer intimidade. Intimidade é silêncio de olho fechado e sorriso na boca. Um amor. E pra isso nem precisa tirar a roupa.

E seguimos

De novo aquela que você mais ama, quase parte.

De novo,  deve ter quase enlouquecido dessa vez. Sozinho. Dessa vez.

É assustador ver a doença e a loucura sempre cercando sua vida. Será que é porque você não as aceita?

Não tenho saudades. Tudo foi sugado naquele quase crime.

Você continua bonito. Queria parar de ouvir o canto da beleza de Marte, de Leão...

Não desejo mal a você. Simplesmente, não desejo você.

Você é a página 05 do meu livro de Ciências do terceiro ano primário. Existiu, certamente, mas não ficou nada em mim.

Nada em mim.

E isso é de uma tristeza gelada.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Cabeça vazia?

Tantas bebidas.

Sabores.

Amargo. Doce.

Álcool.

Evapora receios.

Não para todos.

Um certo descolamento permite estar lá e cá.

Bebe-se muito.

Avisos bem sutis de onde se está.

Um controle que nunca se perde.

Insuportável cheiro de mijo.

Boca formiga.

Rabelais na esquina.

Lixo que voa.

Um olhar que passeia. quer comer.

Pouca fala. Pouca bebida.

O que tanto controla?

Medo de quê?

Tudo bem.

Um contato se aproxima.

Um dia chega.

E se outras bocas se cruzarem.

É uma experiência.

Pedro falou, tá falado!

E ele diz do alto de seus oito anos:

- Mãe, tirando gente, qual a coisa que vc mais gosta? Igual a armário, flor, montanha?

- Pode ser música? - Ela responde perguntando.

- Pode.

- E vc? (Mãe de curioso, curiosa é...)

- Eu gosto de morcego. E de Tecnologia.



- Sexta é dia de brinquedo! - Comunica o atarefado virginiano para sua avó.

- Tem certeza?

- Tenho sim, a professora falou.

- Vc já está na terceira série... Até quando vc vai levar brinquedo?

- Acho que vou levar brinquedo até a faculdade.

E eu desejo que vc queira brincar por toda a vida...

- Mãe, vi um homem tão feio na rua! Ele tava inteiro tatuado nas costas, nas pernas, nos braços e nos dedos das mãos. Fiquei com vontade de cantar pra ele:

"Quando Deus te desenhou, ele tava sem borracha, sem apontador e com o lápis sem ponta..."




Mãe, posso ver o DVD que vc me deu na Páscoa?
Pode. Mas não foi o Coelho que te deu?

- Não. O coelho de Páscoa só dá ovo. Presente dá vc e o Papai Noel no Natal...



E ele lê o recado da agenda pra mãe, muito solícito:

"Trazer para a próxima aula uma foto 3 vezes 4,

recente"...

Ensinado a tocar flauta doce: "Você tem que prestar atenção e colocar os dedos nos edifícios certos..."

Perguntas "básicas": De onde sai a teia da aranha, da laringe? Qual a coisa mais saudável do mundo?



O que realmente importa: (depois de ter retirado o aparelho ortodôntico fixo) "agora sim vc vai poder apertar minha bochecha e eu vou poder comer chiclete!"



Explicando porque não queria brincar com a garotinha: "tenho vergonha de brincar com meninas do sexo oposto"



Mãe, vc é de que signo? Peixes ou Camarões?

Por que os malucos gostam de arte?



- Mãe, por que o Presidente da República é rico?

- Ah, sei lá... Porque ele ganha muito dinheiro...

- E por que ele ganha muito dinheiro se ele não faz nada?

Comentário sobre a matéria do Fantástico, a respeito do sumiço do Belchior: "mãe, olha o Gopal!"



De que adianta lactobacilos vivos, se quando a gente agita o yacult eles morrem todos?



Mãe, explica EXATAMENTE o que é fé.