Que bom que você veio!

A internet é um lugar incrível. Meio praia, porque reúne todas as tribos, meio coração de mãe, porque "sempre cabe mais um" - mesmo que você não use aquele desodorante da antiga propaganda... E-mail cá, e-maile-eu aqui. Utilizando um meio de comunicação que atinja todas as pessoas... Que quiserem serem atingidas! Acertei?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Do início ao fim


quero te ver logo 
logo quero te ver
ver-te quero logo 
logo quero ver-te 
te ver logo quero 
quero te ver logo

sábado, 27 de abril de 2013

Sinal verde

Te olho nos olhos.

No fundo do olhos.

Teus olhos claros.

Pequenas pupilas.

Avermelhados de cansaço.

Brilhantes de ideias.

Te olho nos olhos.

Quando você (não) vê.

Quando eles sorriem.

Quando eles se espantam.

Te olho nos olhos.

No fundo dos olhos.

Quando eles nunca dizem.

O que você insiste em falar

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mais forte que o amor

O limite se encontra depois de se esticar ao máximo, depois, até, de ir além.

O limite é linha, tênue, que diz no silêncio: impossível prosseguir.

O limite pode surgir de repente, surpreendente, assustador.

Simplesmente, o limite tem nome, sobrenome, profissão e um rosto.

O limite é a constatação de que não se conseguirá enganar um vértice sem machucar a si próprio.

O limite é mais forte do que tudo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Não adianta nada...

Quantos dias?
Quantos ia?
Quantos podia?
Quantos queria?
Quantos faria?
Contar o tempo é mesmo um passado imperfeito...

domingo, 21 de abril de 2013

Uma coisa sem tamanho

Ninguém entende o amor da menina.

Ninguém vê o que ela enxerga.

Ninguém acredita. Pouco tempo? Três minutos sem ar e morremos.

Ninguém pensa nas (des)razões.

Ninguém se arrisca a viver tamanho sentimento.

Ninguém escuta o som forte envolvendo e convidando a se deixar ir.

Ninguém sabe (nem ela) porque é assim.

sábado, 20 de abril de 2013

2014?

Cadê o dia em que isso tudo termina?

Cadê o dia da tarefa cumprida?

Cadê o dia de nunca mais esperar por nada?

Cadê o dia de nunca mais ser enganada?

Cadê o dia de não ser mais iludida?

Cadê o dia de não mais ocupar os mesmos espaços?

E, enfim, desatar os sufocantes laços...


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Diga...

Diga que sente saudades, diga, por favor...

Eu já estou calada, não estou?

Também estou à mostra.

Então, revele tenuamente que gosta.

Diga que sente saudades, diga, por favor...

São tantas músicas, poemas, histórias

de 800 anos ou um dia

Diga que sentes saudades, diga, por favor...

Não por nada, mas pra fingir que se pode amenizar minha dor...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Assume

Faz o que o coração clama, não o que a boca grita.

Não há vítimas. Só gente grande.

Assumir os desejos e riscos é pra quem é livre.

Liberte-se!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Eu odeio vc!

Odeio suas mentiras.

Suas omissões.

Odeio vc a enganando. Tão linda, tão nova, tão batalhadora. Um "eu" bem melhorado.

Eu odeio vc encantando. Sereia-morte virando os barcos tolos que só querem navegar...

Eu odeio vc querendo me transformar nela: mesmo tema, teoria, linhas, devires, dobras, potências e poderes, música e Clarice...

Mas se vc já a tem, porque insiste em me forjar?

Quanta loucura! Que nojo! Quanta tontura! Vou vomitar!

Quero por vc pra fora deste corpo que vc invadiu do modo mais perverso.

A máscara caiu e espatifou-se. Ai de vc se se fizer de vítima! Egoísta canalha!

Pobre menina TOnta, TOda suja de tinta...

De Frida, de Dali...

Daqui eu vejo o horror de uma vida estranha. Aparências. Cada um em seu mundo.

Autistas. Artistas?

Espinozistas... Eu sim! Busco ser livre, o que vem de fora não me domina, não me impede.

Eu odeio vc! Vc não cuida dela! E ela se afasta. Cada vez mais... Vc não a respeita.

E me fez me perder de mim...

sábado, 13 de abril de 2013

Ainda dói

O vento gelado.

A noite escura.

Os pingos da chuva.

A tristeza está dentro.

Mas aparece lá fora.

...

A ideia podia ser uma coisa possível de deixar em algum lugar.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Amputada

Vazio é uma dor fantasma.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A coragem é mãe da alegria

Estão leves, mas exaustos.

Estão quites, mas doídos.

Estão certos, mas surpresos.

Estão quietos, mas serenos.

Estão juntos. E fortes. E basta.

domingo, 7 de abril de 2013

Porque não se pode mais voltar...

Talvez exista um momento em que se andou tanto tanto, que não é possível mais voltar de onde partiu.

Não porque ficou longe demais.

Não porque se está cansado demais.

Não porque se está perdido.

Simplesmente, não há mais estrada. Nem origem.

Atrás é sombra e escuridão. Sequer é possível virar o pescoço, pois a dor paralisa.

Mas como seguir em frente sem referências?

E sem saber para onde se (es)vai?

Acendam as Luzes!

O show acabou.

Levanta-se da cadeira.

Enxuga as lágrimas.

Sai devagar e em silêncio.

Foi dor enquanto durou.

Provável errar o caminho de volta. Não há metáforas quando se sente perdida.

Sozinha, aceita humildemente que a loucura do outro desperta a sua.

Sem forças, não vê. Outra saída.

A porta da rua.

Meio-fio de navalha.




quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pensa que eu não sei

Que entra em seu pensamento.

Que sabe o que ela sente. O que deseja.

In-com-ciente. Fazer o quê?

É doença? Parece.

Assusta? Muito, muito.

No exato momento em que pensava na saída para escapar da dor.

No instante de lamentar a decisão cortante, de reconhecer o peso de um segredo e do alívio inocente de não ter invadida, pela primeira vez, sua caixinha preta hiper-colorida, chega a mensagem vinda do alto, nunca endereçada a ela...

Até parece...

Pensa que eu não sei...


terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma coisa assim






Da Maior Importância

Caetano Veloso

Foi um pequeno momento, um jeito
Uma coisa assim
Era um movimento que aí você não pôde mais
Gostar de mim direito
Teria sido na praia, medo
Vai ser um erro, uma palavra
A palavra errada
Nada, nada
Basta quase nada
E eu já quase não gosto
E já nem gosto do modo que de repente
Você foi olhada por nós
Porque eu sou tímido e teve um negócio
De você perguntar o meu signo quando não havia
Signo nenhum
Escorpião, sagitário, não sei que lá
Ficou um papo de otário, um papo
Ia sendo bom
É tão difícil, tão simples
Difícil, tão fácil
De repente ser uma coisa tão grande
Da maior importância
Deve haver uma transa qualquer
Pra você e pra mim
Entre nós
E você jogando fora, agora
Vá embora, vá!
Há de haver um jeito qualquer, uma hora!
Há sempre um homem
Para uma mulher
Há dez mulheres para cada um
Uma mulher é sempre uma mulher etc. e tal
E assim como existe disco voador
E o escuro do futuro
Pode haver o que está dependendo
De um pequeno momento puro de amor
Mas você não teve pique e agora
Não sou eu quem vai
Lhe dizer que fique
Você não teve pique
E agora não sou eu quem vai
Lhe dizer que fique
Mas você
Não teve pique
E agora
Não sou eu quem vai
Lhe dizer que fique


A pele é crua

Ele vestiu seu sonho e despiu-se em pesadelo.

A força da farsa

Por que se sente ameaçado?

Por que não vive de verdade?

Por que não se liberta dos fantasmas atormentadores?

Por que não dá a mão a quem lhe estende?

Por que se esconde?

Por que mente? Tanto, tanto, tanto...

Por que finge? Tão bem, tão bem!

Por que não sente culpa, remorso?

Por que não se importa?

Por que não se permite amar verdadeiramente?

Por que não se permite sofrer verdadeiramente?

Só porque só sabe fazer sofrer?

Pedro falou, tá falado!

E ele diz do alto de seus oito anos:

- Mãe, tirando gente, qual a coisa que vc mais gosta? Igual a armário, flor, montanha?

- Pode ser música? - Ela responde perguntando.

- Pode.

- E vc? (Mãe de curioso, curiosa é...)

- Eu gosto de morcego. E de Tecnologia.



- Sexta é dia de brinquedo! - Comunica o atarefado virginiano para sua avó.

- Tem certeza?

- Tenho sim, a professora falou.

- Vc já está na terceira série... Até quando vc vai levar brinquedo?

- Acho que vou levar brinquedo até a faculdade.

E eu desejo que vc queira brincar por toda a vida...

- Mãe, vi um homem tão feio na rua! Ele tava inteiro tatuado nas costas, nas pernas, nos braços e nos dedos das mãos. Fiquei com vontade de cantar pra ele:

"Quando Deus te desenhou, ele tava sem borracha, sem apontador e com o lápis sem ponta..."




Mãe, posso ver o DVD que vc me deu na Páscoa?
Pode. Mas não foi o Coelho que te deu?

- Não. O coelho de Páscoa só dá ovo. Presente dá vc e o Papai Noel no Natal...



E ele lê o recado da agenda pra mãe, muito solícito:

"Trazer para a próxima aula uma foto 3 vezes 4,

recente"...

Ensinado a tocar flauta doce: "Você tem que prestar atenção e colocar os dedos nos edifícios certos..."

Perguntas "básicas": De onde sai a teia da aranha, da laringe? Qual a coisa mais saudável do mundo?



O que realmente importa: (depois de ter retirado o aparelho ortodôntico fixo) "agora sim vc vai poder apertar minha bochecha e eu vou poder comer chiclete!"



Explicando porque não queria brincar com a garotinha: "tenho vergonha de brincar com meninas do sexo oposto"



Mãe, vc é de que signo? Peixes ou Camarões?

Por que os malucos gostam de arte?



- Mãe, por que o Presidente da República é rico?

- Ah, sei lá... Porque ele ganha muito dinheiro...

- E por que ele ganha muito dinheiro se ele não faz nada?

Comentário sobre a matéria do Fantástico, a respeito do sumiço do Belchior: "mãe, olha o Gopal!"



De que adianta lactobacilos vivos, se quando a gente agita o yacult eles morrem todos?



Mãe, explica EXATAMENTE o que é fé.