Acaba amanhã...

...mas o que me interessa é o dia 01!
E meu desejo de mudança pode ser singelamente ilustrado com uma historinha bacana:
Eu estava saindo do shopping - atrasada, como sempre, pra aquele trabalho que não gosto de ir. Ia descer pela escada rolante quando as duas senhoras que estavam à minha frente começaram a me "atrapalhar" a passagem. Percebi que a mais velha estava com medo de descer e que se eu me interpusesse entre elas, a que estava com medo "fugiria". Rapidamente, uma foi pra escada rolante, puxou o braço da outra que não teve tempo de nada. A que puxou a senhora olhou pra trás rindo pra mim e eu dei uma piscada, fazendo sinal de positivo. Ao mesmo tempo, a velhinha "ex-medrosa" fez um "êêê!" e ergueu um punho cerrado bem magrinho. As duas se abraçaram e já em "terra firme" eu passei por elas e disse: isso mesmo! E pra 2010 vai pular de asa delta!
Elas deram uma sonora gargalhada, mas o que ficou guardada em mim foi a sensação da vitória daquela lindinha que enfrentou seu medo - com a preciosa, rápida e literal mão amiga.
Pensei imediatamente nas minhas incontáveis escadas rolantes.
E no meu desejo de enfrentá-las corajosamente.
Feliz 2010! Muitas escadas rolantes para todos nós!

Vamos pedir piedade...

Escrever tem, entre tantas funções pra mim, o objetivo de expulsar e organizar meus sentimentos. Publicar o que escrevo serve para partilhar e refletir.

De posse de todos esses elementos, reconheço que sou tão diferente de algumas pessoas como sou muito parecidas com outras.

Angustia-me o fato de estar perto do diferente e longe do parecido. Porque eu amo a diferença, é ela que nos enriquece, mas a diferença aqui falada não é de simples comportamento, é de caráter.

Aceitar que o mal existe me confunde. Ser resiliente significa o quê?

Cada um dá o que tem. Fato. Eu tenho sinceridade, agilidade, impaciência, empatia, disposição, afeto, irritação, esquecimento, desorganização, paixão, justiça. Não sei me adequar a ambientes hostis.

Quero ir embora. Não quero ficar perto daquela gente careta e covarde!

http://www.youtube.com/watch?v=7-jqTN55UZQ&feature=player_embedded#

Pesadelo?

É chocante quando você se depara com o lado ruim das pessoas.
Aquela insegura frágil incapaz de tomar decisões sozinha, mas que sabe desencadear uma situação com o propósito de lhe prejudicar. Covarde!
Aquela dissimulada que tem como único objetivo o próprio benefício. Falsa!
Aquela desequilibrada persecutória que tem prazer no exercício do poder que pensa ter. Cruel!
Aquela infeliz que diz apenas o que querem ouvir, aparentando autenticidade. Patética!
E eu no meio dessse furacão. Impotente!

09 de Dezembro

Hoje é dia do Fonoaudiólogo.
Atendemos da gestante ao idoso.
Em casa, no hospital, na escola e na empresa.
No serviço público e no particular.
Com o político, o advogado, o padre, o pastor e o cantor do bar.
Trabalhamos com o maluco e com a beleza.
Com o falar e o ouvir.
Todas as nuances para ser possível expressar o sentir!

Difícil de engolir...

Outro dia saía da ginástica, quando uma aluna entrou na sala e o professor a cumprimentou, perguntando como ela estava.
- Bem, vou fazer uma aulinha, depois vou pro clube e ficar na piscina... Essa é a vida de um funcionário público.
Eu, funcionária pública que (também) sou e minha boca gigantesca, se intromete na conversa:
- Funcionário público de que esfera? Federal, estadual ou municipal? Porque eu conheço funcionário público que não tem essa "flexibilidade" de horário...
Então escuto a pérola:
- É que eu sou bem casada querida!
Só me restou comentar:
- Ôpa! Nada como ter QI nessa vida...

Mero conserto

Enquanto você procura os parafusos (que poderiam ser os da sua cabeça) pra arrumar a porta (do seu coração que você ainda não consegue manter aberta); nós te observamos.
O gato só quer saber de brincar com a caixa de ferramentas.
A gata, só de (te) amar.

Dos desejos

Se eu dissesse tudo que eu quisesse...
Seriam tantas (minhas) verdades...
Seriam tantas desavenças, quem sabe ofensas.
Ah se eu dissesse tudo o que eu quisesse!
Vários palavrões, certamente. E as famosas "poucas e boas"
Se eu dissesse tudo que eu quisesse, talvez vivesse bem mais leve. E sozinha, porque ninguém me aguentaria!
Continuarei não falando tudo o que quero.
Mas meu pensamento é livre, tão livre...

Pensamentos mil

Às vezes somos mais parecidos do que supomos.
E o cansaço, a frustração, a mágoa é igual aqui e lá.
E falar é tão necessário quanto doloroso.
Ontem andei pela praia numa linda noite quente, mas ainda não consegui por as ideias no lugar.
A sensação de não me pertencer é desnorteadora.
Se não somos tão diferentes assim, será que essa angústia também é mútua?

Na Pressão

Dizem que o inferno astral termina no dia do nosso aniversário.
O meu, até agora, nada.
Ando numa fase tão difícil que até o gatinho lindo que ganhei de aniversário e que já ronrona atrás de mim enquanto escrevo - sim, ele tem alma de papagaio de pirata. Vive no meu ombro. - não teve lugar aqui.
Há uma raiva diária tão insuportável, que não sei o que fazer. Uma espécie de colapso mental.
O lugar onde comecei a trabalhar e onde pensei ter espaço, me sufoca. Sinto-me incompreendida e ignorada, a princípio, coisas opostas. O discurso não é a prática. O que é dito num momento não se mantém no segundo.
Sinto-me acuada.
E o que os parentes do meu lindinho Ronie fazem quando se sentem assim?

Eu gosto

Hoje é meu aniversário.
Não vou fazer festa, mas talvez jante fora.
Nesse dia meio normal, mas muito especial, fiquei me perguntando por que eu gostava tanto de fazer aniversário, se há tanta gente que não gosta e se, como canta no parabéns, "cada ano que passa, ela fica mais velha..."
E olhando pras pessoas, conversando com elas, sem dizer que dia era hoje, percebi que hoje é meu dia de vitória. Vitória pessoal. De eu reconhecer tantas coisas que enfrentei corajosamente, modéstia à parte, mesmo antes de nascer!!
O saldo é positivo. E quando meus amigos me dão os "Parabéns!", eu agradeço.
De verdade. De coração. E feliz! :-)

Outubro ou Nada!

Adoro o mês do meu aniversário.
Começo a fechar o ciclo, em pouco tempo vem o Natal...
E a proximidade da nova primavera deixa claro que a mudança é inevitável.
Esperada.
Aproveitada
E bem-vinda!

Tempos Modernos

Minha tia há pouco mais de um mês começou a usar computador e internet.
Agora ela joga buraco on line.
Ela fará 80 anos anos em abril. E me contou que outro dia ela estava jogando quando minha prima chegou. Então ela encerrou a partida, explicando aos parceiros virtuais:
- É quase meia-noite e minha filha acabou de chegar. Preciso desligar o computador...
E ela nem imagina que virou tema de post de blog!! Qualquer semelhança com a vovó das Havaianas, não é mera coincidência! ;-)

"Viver a Vida"

Acordei. Cheguei atrasada no meu primeiro trabalho, já me aborreci.

Almocei no shopping, comidinha gostosa. Fui pro consultório - meu segundo trabalho. Ajudei meu futuro jornalista, meu advogado e me diverti com eles.

Recebi o lindo, lindo convite de casamento de uma amiga minha. Tenho que emagrecer pro evento dela e pra minha vida também, mas isso é assunto do meu outro mofadinho blog.

E, por falar em blog, comecei um 3º - só Jesus ! - específico sobre saúde pública: www.redehumanizasus.net

De noite passei no supermercado. Antes peguei o filho na escola, que olhou pra mim e disse desapontado: hoje num era a minha madrasta?
O pai me avisou pelo msn que não o levaria para a natação e a bruxa má é quem vos escreve...

Caindo pelas tabelas, ainda descobri que a respiração do peixe é branqueal - ok, eu me lembrava disso - e a do gafanhoto é traqueal. Igual a da minhoca e da barata. Argh!

É meu bem, MINHA novela das 8 é assim...

A arte de ser invisível

As pessoas medíocres são patéticas.
Elas atrapalham a vida da gente porque não conseguem fazer o que querem. O que devem. Ou ambos. E tentam nos amarrar também.
Tais criaturinhas irritantes são pela metade mesmo. Meio egoístas, meio burrinhas, meio malvadas, meio confusas, meio inseguras.
Eu gostaria de ignorá-las solenemente. E que elas, simplesmente, não me enxergassem. Nem lembrassem da minha existência. O máximo da convivência pacífica.
Talvez o segredo do meu desejo virar realidade seja não reagir a elas. Ouvir. E deletar. Aceitar esse jeito assombrosamente oposto ao meu. E sorrir.
O sorriso da Monalisa. Sem mostrar os dentes.
Se não eu vou querer rosnar e morder. Babando. De raiva!

... Enquanto eu andar distraída

Hoje vi uma graça de filme, "De repente, 30". Comecei a ver a partir da cena em que a mocinha dança "Thriller" - e até agora é difícil acreditar que MJ morreu...
Nessa história, uma menina de 13 anos pede para ficar adulta e é atendida no dia seguinte. Ela cresce, mas a ingenuidade permanece. Isso me é muito familiar...
Eu pergunto quando não sei de algo. Gosto de bala, chiclete, canetas cheirosas e coloridas. Figurinhas adesivas, desenho animado, teatro de bonecos. De ajudar, de ouvir música, de dar risada. Eu não passo imagem; eu sou.
Minha mãe diz que temos todas as idades pelas quais passamos. A cada ano concordo mais.
O frescor da esperança. A arte da renovação. Planos, sempre. Toda intensidade: o arco-íris é lindo, o beija-flor é lindo, poesia é lindo, a calça de moleton do filho que ficou curta é lindo. A cebola queimou é terrível. O chuveiro queimou também é. O cheque especial é terrível. O Sarney no Senado também.
Esse jeitinho especial de viver não me livra de problemas. Há uma sensação de até criá-los em alguns momentos... Mas deve ter gente que gosta.
Eu gosto! ;-)

Novo Ciclo

Às vezes minhas postagens já vem com título. A de hoje seria "fechando um ciclo". Mas minha expectativa é tamanha que é maior que a saudade daqueles que deixo.
Trabalhava numa unidade da prefeitura onde, por motivos inescrupulosos, acabou se tornando insustentável minha permanência lá. E, fazendo as contas agora, percebo que foram nove meses desde que a situação se agravou. Uma simbólica gestação.
E, tirando três colegas de trabalho, só lamentei deixar meus pacientes. Em particular, dois grupos de gagueira de pré-adolescentes e de crianças pequenas. Este último fez um vínculo muito forte comigo e eu senti um estranhamento com a nova fono - que é uma graça de menina. Então eu fiz uma apresentação musical com as mães, as crianças e ela, com uma música do Gonzaguinha que a Maria Rita gravou, "O Homem Falou". Ficou bacana, o sambão animou a turma. Até demais... As crianças ficaram muito agitadas, tive que 'apagar o fogo" da turminha.
Dos mais velhos, acho que fui quem vinculou mais. Com eles eu fiz um coral lindo, com uma música mais linda ainda do Almir Sater, chamada "Tocando em Frente". As crianças cantavam o refrão: "conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, é preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir..." Os homens cantavam uma estrofe e as mulheres a outra. Pra mim, foi uma despedida emocionante, porque cada verso descrevia o que eu sentia. Compreendi que precisava ir embora, do mesmo jeito que eu cheguei um dia, senti-me até feliz, porque voltaria a ter paz pra sorrir.
E por último, eles cantaram o que julgo ser o mais importante:

"Cada um de nos compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz"

Eu estou às voltas com dois grandes novos projetos profissionais. Empolgada e assustada. Adoro desafios. Terei saudades dos meus pacientes. Mas tenho a certeza de que fiz a diferença para cada um deles. Missão cumprida. Aguardo minhas novas carinhas! :-)

"Gente espelho da vida, doce mistério"...

Adagio

Hoje é Dia dos Pais. Vou ligar pra minha mãe, para cumprimentá-la. Meu pai morreu há 15 anos, mas, mesmo em vida, a paternidade não era o seu forte. Ok, ninguém é perfeito e minha psicóloga há de voltar a ganhar um dinheirinho comigo, talvez ano que vem.
O que me faz escrever hoje é o CD do Beirut, "The Flying Club Cup". Pra quem não sabe, este grupo tem uma música - "Elephant Gun" - que ficou muito conhecida com a minissérie "Capitu".
Pra mim, este cd é lindo. A melodia é muito rica, com vários instrumentos de sopro, corda, percussão, meio Idade Média, meio México, meio Radiohead, meio Coldplay e umas falas em francês, deliciosas. E a voz do vocalista também me encantou. Com tal trilha sonora, fica um pouco mais fácil escrever que minha intenção não era escrever hoje.
Eu queria sair para dançar ontem. Rock, música eletrônica, muito ritmo e luz. Pra chacoalhar de olho fechado e ver se eu esqueço dos problemas. Nem sempre podemos resolvê-los. Eu acho.
Hoje eu queria um almoço especial e ir no cinema ver o documentário do Caetano. Ou então conversar. Mas queria que alguém me ligasse, que meus contatos clicassem pra falar comigo. Tô meio mimada... Estou passiva, quase pacífica.
Ontem eu não dancei. Tudo bem, a grana tá curta. Mas hoje eu não gostaria de fazer o que não quero. Escrever ajuda a não cumprir a profecia autorrealizada. E a descobrir como me desamarro.
Tá apertado aqui...

Tédio?

Há uma urgência irritante em se fazer qualquer coisa de vez em quando, que não é que eu não me reconheça.
É que eu não me aguento!
Sorte que passa...

Cor... Agem!

A coragem é o ato de fazer quando não temos a certeza do resultado.

A coragem é a audácia de se expor. Por desejo, necessidade. Nunca por vaidade.

A coragem é mãe da liberdade!

O princípio de tudo

Eu.
Sou aquela que se alegra com detalhes.
Surpreendo-me com sutilezas.
Eu me emociono com violino, bandoleon, realejo, cajon, piano, lindas vozes. E o sol, o mar azul, crianças falando. Meu filho crescendo.
Eu.
Aprendo com os outros. E comigo, de uns tempos pra cá.
Eu confio nos outros. Olho nos olhos. E escuto minha intuição.
Eu sangro fácil. Minha cutícula é fina, talvez porque eu não queira barreira alguma, nem da pele. O desejo de ser só fluido, energia. Mas eu estanco fácil também. Sangue é vida e não quero desperdícios.
Eu.
Nasci para trocar. Sorrisos, afetos, afagos, experiências, silêncios, sabores, lágrimas, confidências, memórias, dores, angústias, gentilezas.
Eu sufoco se não fizer isso.
Estou com medo. Tenho andado sem ar em alguns momentos.

Dúvida

Não sei se simplifico e os outros é que complicam ou vice-versa.
A única certeza é que isso me desgasta.
Imensamente.

Os invisíveis

Eu ia escrever sobre um menino de 10 anos que roubou um carro numa concessionária de São Paulo. Ele estava brincando à tarde dentro de um dos carros e o funcionário mandou que ele saísse. O menino informou: "de noite eu vou roubar teu carro". À noite, ele e dois adolescentes fizeram o prometido. Arrancando em alta velocidade, foram perseguidos por um policial à paisana, que estranhou aquela criança dirigindo. Mesmo com o banco bem pra frente, ele mal alcançava os pedais. Tanto o policial quanto o apresentador do programa sorriam ao descrever o caso "pitoresco" e a "façanha" do pequeno ladrão. Pequeno mesmo; ele tem 1,12 e menos de 25kg, se não me engano. Meu filho vai fazer 10 anos em poucos meses, tem 1,37 e 35 quilos. Aquele moleque que roubou um carro com 10, poderá matar com 15 e morrer com 20, tem quase a mesma idade do meu filho. Esta criança, que se cruza comigo na rua, vai me dar medo, estava brincando e quis aparecer para aquele adulto. Só assim mesmo para poder ser enxergado... É a pobreza sufocando.
Então, à noite, a Fátima Bernardes me informa que o Michael Jackson estava internado no hospital e que havia rumores de que ele tivesse morrido. Pensei, "que publicidade bizarra! Pra que isso, se os ingressos pra turnê já estavam esgotados?"
Quando o Bonner falou "Michael Jackson está morto", eu fiquei arrepiada. "Impossível", pensei. "A Globo deve ter errado". Não tinha.
Um dia, na hora do recreio alguém veio com um disco de um rapaz negro, de paletó branco e do lado de um filhotinho de tigre. Fiquei de olho e gostava da música e da dança, mas, confesso que do alto dos meus 10 anos, aquela risadinha do Vincent Price, o olho amarelo do Michael e sua cara de monstro, não me eram tão engraçados assim... Mas fui gostando cada vez mais e os clipes da década de 90 eram minhas atrações preferidas no Fantástico enquanto eu não tinha MTV. Black or White e aquele com o Eddie Murphy e um monte de gente famosa eu amo!
E os escândalos? E a nova cara, nova cor, as "excentricidades"? Ridículo, patético, desnecessário - ele era um gênio! - e doente. Ele morreu sozinho. É a riqueza (e as dívidas) sufocando?
Não. Pra mim, o que sufoca não é a falta ou o dinheiro. É ser invisível para o outro. Ninguém vê aquele menino roubando atenção e dirigindo em disparada. Ninguém viu aquele menino-Peter Pan "bizarro". Não é à toa que ele entrou pro Guiness Book com o álbum mais vendido de todos os tempos - 109 milhões de cópias que duvido serão superadas nesse jeito irreversível de ouvir música, o download - dançando como um zumbi. Era um autorretrato...

Medo

Sumi daqui porque sumi de mim.
Estou por aí, fazendo o mínimo possível - menos até do que o estritamente necessário.
Reconheço que não me reconheço. Sorry, o sarcasmo é inevitável.
Mas sei também que isso é uma espécie de recolhimento para reunir toda a força.
Para o confronto final.

Espera

Espera.
Espera quieta. Olhos abertos. Observando. Olhando ao redor.
Espera.
Espera quieta. Olhos fechados. Sentindo. Ouvindo. Pensando.
Espera.
Espera quieta. Rezando. Pedindo paz. Serenidade. Humildade. Perdão.
Espera.
Espera quieta. Parada. Sem mexer um dedo; um músculo. Sem mover uma palha. Sem mudar o mundo.
Espera.
Aguarda.
E confia.

Momentos a dois

Momentos a dois...

Exigem liberdade para realizarmos nossos desejos. Dos tolos ao cinematográficos...

Refletem cumplicidade. A troca de olhares já basta. A sintonia que extingue a necessidade da palavra.

Tornam-se lembranças. Doces, únicas ou que podem se repetir deliciosamente.

São muito melhores quando se instalam no liquidificador do dia-a-dia. A fuga da hora do almoço. Uma caminhada no fim do dia.

Fazem bem. Muito bem! Pra pele, pro cabelo, pro coração. Pro corpo. Pra alma.

Acendem esperança. Apagam tristeza.

Trazem alegria. Quase nos remete à infância, de tanto riso, tanta brincadeira, tanta leveza.

Alimentam-se da coragem. Para sermos inteiros. De braços abertos. Intensa e sinceramente para este outro que nos conhece tão profundamente.

Significam (o) amor.

Inside

É muito ruim quando não se faz o que se quer.
É um misto de desrespeito com colocar-se como vítima, patético.
Mas, às vezes, a gente pensa que quer. Só que não quer.
E a resposta do que se quer - ou não - está no lugar mais difícil de se chegar.
Lá no fundo, misturada a tantas outras coisas infinitas.
Mas eu (me) encontro...

navegar é preciso

E nas minhas andanças, agora, insones, descobri uma blogagem coletiva em 20/05 com o tema: "Momentos a dois". Então, 4ª feira o tema já existe...

Quem espera...

Em sala de espera de consultório, eu já:

li revista
vi TV
ouvi rádio
cansei-me com gente chata
passei o tempo com pessoas interessantes
aborreci-me com funcionários despreparados
surpreendi-me com bom atendimento
reencontrei quem não via há tempos
fiquei sem fazer nada
fiz contas
discuti com operadora de telefonia
quis entrar ansiosamente
quis sair rapidamente
senti medo
senti dor
chorei
dormi.

E observei. Tudo e todos. Pausas forçadas também podem ser momentos preciosos de reflexão.

Dia das Mães

Eu adoro! É meu segundo aniversário, de tão feliz que eu fico.

Eu sempre quis ser mãe. "Eu já quis ser bailarina. São coisas que não esqueço..." E quis mesmo. Também quis ser médica e mudei de ideia. Mas mãe, não. Nunca desisti de querer ser mãe.

Sou uma mãe realizada. Sem culpa por trabalhar fora. Que adorava meu filho nenê, obediente, curioso e bom garfo (ou colher, no caso) e continuo adorando o rapazinho inteligente, curioso e aprendiz de gourmet.

Adoro encapar cadernos, ler as provas, levar e buscá-lo na escola. Adoro saber seus planos para a semanada que recebe; conversar fazendo um "resumo do dia" na hora de dormir.

Adoro ouvir elogios das outras pessoas sobre ele. Vê-lo dormir, rindo; vendo TV. Ouvir seu "eu te amo". As respostas engraçadas, seus argumentos - bons, muitas vezes.

É difícil, dá trabalho, mas, acima de tudo, é um prazer ser mãe. É tão enriquecedor, maravilhoso, milagre mesmo, que as dores - do corpo e da alma - quase somem.

Eu adoro ser mãe!

Pedro, obrigada por tudo, filho!

Impressionante!

Ai meu cantinho...
Um tanto abandonado meu blog. Confesso que os culpados virtuais são o "twiter" e o "Gengibre". "Redes sociais". É o que há! De mais informativo, de mais heterogêneo, de mais interativo, de mais rápido. Impressionante!
Mas meus afazeres concretos também me afastam daqui. Tanta coisa... E hoje se inicia o quinto mês do ano. Impressionante!
E a gripe suína que mudou de nome porque o pobre porco estava pagando o pato? Dizem que a dengue matou mais gente por aqui do que a tal gripe por aí. Mas o que vem de fora é sempre melhor... Impressionante!

E nos deram espelhos...

Segundo informações da minha mãe, sou tataraneta de índios.

Onde moro, volta e meia topo com lindos curumins imundos e suas mães "vendendo" artesanato sentados no chão nas frentes das lojas do centro da cidade.

Eu já cheguei a atender uma criança índia portadora de Paralisia Cerebral grave. E era muito complicado porque a mãe mal falava o português, a criança não falava nada, nunca havia feito tratamento fonoaudiológico, era comprometida cognitiva e motoramente, os cuidados com a higiene eram precários etc. Além disso, quando nasce um bebê deficiente, ele costuma ser enterrado vivo pela tribo. Mas aquele não foi, sabe-se lá qual era o contexto em que ele vivia e eu não pude atendê-lo adequadamente. E um belo dia, o carro da Funai não levou mais para a Prefeitura aquela mãe pequenina de longos cabelos embranquecendo, trazendo artesanato para me presentear - e eu trocando por outros objetos da minha sala que julgava que ela gostaria - e seu filho tetraespástico, sempre de olhos semifechados e em posição fetal, com lêndeas no cabelo e cheirando a fumaça; porque em toda oca há fogo permanentemente aceso.

Saber que há 4 séculos eles eram mais ou menos 4 milhões e hoje são em torno de 400 mil, assusta.

A ideia de que ele é preguiçoso, inculto, inferior é preconceituosa. Ele é (e sempre será?) um marginalizado. A título de exemplo, muito antes do índio Gaudino, no séc. XIX, fazendeiros que queriam mais terras, resolveram "presentear" os índios timbira com roupas de pessoas infectadas pela varíola (que normalmente eram queimadas para evitar contaminação). Os índios levaram as roupas para as aldeias, e logo logo, os fazendeiros tinham muito mais terra livre para sua criação de gado.

Eu só vi uma criança pintada de índio essa semana. Meu filho não me falou nada da escola a respeito. Mas bem que podiam atrelar a figura do índio à questão do meio ambiente, por exemplo. Eles respeitam e preservam a natureza, sabiamente. E como estamos preocupados com as alterações climáticas que provocamos e com o lixo que produzimos, podíamos juntar tudo e também pensar nos índios que não matamos...

Buscando o equilíbrio

Antes de respeitar meus limites, preciso descobrí-los...

Evoluindo na marra

Eu queria transformar a raiva em algo produtivo.
Preferencialmente, em algo sublime. Espetacular.
Ou ao contrário.
Mas como eu não tenho uma índole violenta - e também não consigo plantar a mão na cara de quem merece e dizer meia dúzia de palavrões -, a raiva fica por aqui mesmo, me contaminando e me deixando com uma grande dor de cabeça. Literalmente!

Então, lembrei-me de um texto da Elisa Lucinda, "Só de sacanagem" (http://www.jornaldepoesia.jor.br/elisalucinda3.html). Meu coração também está no escuro mas, só de sacanagem, ainda melhor eu vou me comportar!

Arrumando o que é possível

Nesse feriado, aproveito para reorganizar meu blog - já que não consigo fazer em ambientes efetivos, faço em ambientes criativos...
E só agora entendi como os "marcadores" - que, risonhamente chamei de te(i)mas - facilitam a vida blogueira.
Ah se eu pudesse usar "marcadores" aqui deste lado também...

"In Pressões"

Caminhando pelos blogs da vida, vi que alguns faziam aniversário.
Pensei: é mesmo! Em 2009, minhas in pressões fazem um ano...
Fui procurar e me surpreendi, pois a primeira postagem foi em 30/01/08. Ou seja, meu blog já tem um aninho e eu nem vi!
Gosto tanto daqui, sinto tanta falta quando me afasto, mas não pensava que essa estrada já é percorrida há um ano.
E fiz outras continhas - três anos de orkut, sete anos de msn, nove anos de celular, doze anos de internet. Escrevo ao som de um clip do Culture Club, num programa da MTV chamado "LAB Clássicos". Também não percebi que, não faz tanto tempo, essa música que era um "sucesso", hoje é um "clássico". É claro que, a esta altura, já ouvi A-ha e Cindy Lauper! Revival total!
Tudo isso começou com a contagem do meu blog... Acho ótimo! Porque eu quero que minhas "in pressões", mesmo sendo fortes demais às vezes, me mantenham na felicidade.
E termino cantando com a Cindy Lauper "Just Wanna Have Fun"!

Perdão Você

Abril chegou.
E meu blog anda meio vazio...
Gosto de ler comentários, mas, se não escrevo, ninguém me lê. E podem não voltar mais. Oh! Não me abandonem!
Eu prometo que conto:
Apaguei a luz no sábado. Aqui em casa, também participamos da hora do planeta!
Tenho dormido pouco; estou muito cansada. Não gosto quando meus problemas são maiores que minhas soluções.
Candidatei-me a síndica do meu prédio. Juro! E perdi. Claro! Mas não fiquei chateada. Foi apenas um ato insano para mudanças urgentes. Que hão de ocorrer!
Meu filho não quer fazer lição de casa. Que cavalo de batalha!
Se ele soubesse que eu também não quero fazer a minha...

No fundo, no fundo

Quanto mais sozinha fico, mais me impressiono com o que (me) encontro.

Germinando

"A vida começa aos 40", disse o Bial no Big Brother e atribuiu a frase a Picasso.

Sim, eu vejo Big Brother... Na real, acho que eu vejo é o Bial!

Então, voltando ao "começo da vida", talvez esteja no (longo) período de gestação de mim mesma.

E daqui a cinco anos, quando eu nascer, linda, leve e pronta pra me respeitar incondicionalmente, acontecerão coisas maravilhosas!

Eu não me podarei, não me magoarei. Aceitarei o outro verdadeiramente.

Santa? Não. Ainda estarei repleta de defeitos. Mártir? Pelo contrário: não sofrerei em prol de ninguém.

Apenas viverei em paz. Definitivamente.

Necessidade ou desejo?

Estou há muitas semanas sem escrever. Sem tempo, sem inspiração e, agora, sem computador!
Queria falar sobre tantas coisas que já passaram, que quase peguei papel e caneta para não esquecer. A preguiça falou mais alto e lá se foi mais uma ideia...
Mas quero expressar meus pensamentos, expor meus sentimentos e dividir os acontecimentos!
Só que não estou na minha casa e a falta de concentração é grande.
Tanta coisa aqui dentro...
Não vejo a hora de voltar...
Pra mim!

Vamos celebrar a estupidez humana?

Existe um tipo de pessoa que eu simplesmente esqueço que existe.
É a pessoa estúpida.
Ela é burra, arrogante, pretensiosa, má.
Invejosa, dissimulada, certamente perigosa.
Também é egoísta e interesseira.
Essa criatura infeliz aparece na nossa vida para perturbar. Aparentemente.
Pra mim, ela aparece pra que eu desenvolva algumas habilidades:
Paciência.
Observação.
Piedade.
Defesa. Porque eu sou boa. Não boba!

Minhas férias e a TV

Último capítulo de "A Favorita". Foi duro de engolir, mas a Flora questionando a Irene de revólver na mão, "que que você tá fazendo sua múmia?!" tinha que entrar pros anais da dramuturgia, junto com o "ser ou não ser" ou "jamais sentirei fome novamente".

Show do Elton John. A bela Patrícia Poeta vai no vácuo do bye bye do cantor e a gente fica sem o bis. A Globo pensa que o telespectador é o que?

Maurício de Souza no Altas Horas, diz que a Turma da Mônica cresceu e que o Cebolinha não fala mais errado, "afinal, pra que existem as fonoaudiólogas? Mas quando ele fica muito nervoso, enrola um pouco pra falar..." Será que o Cebolinha tem taquifemia? ;-)

As várias faces do amor

Tenho uma necessidade quase inútil de entender meus sentimemtos.
Quando não consigo sequer nomeá-los então... Angústia pura.
Mas aos poucos vou me encontrando e reconhecendo algumas "coisinhas" da primeira situação absolutamente inédita que vivi: um pouquinho de inveja - sorry... Mas é bem pouquinha... - uma saudade grande que nem sabia que sentia, felicidade por conhecer pessoas tão especiais e, finalmente, uma demonstração de afeto genuína, encantadora. Senti-me privilegiada. E muito querida!

A sorte de um amor tranquilo

Ano passado, uma noite fria. No meio da semana.
Jantamos em casa, uma sopa deliciosa. Abrimos uma garrafa de vinho.
Tudo ao som de um show da Diana Krall.
Foi inesquecível.
Simples assim.

A menina mimada

Eu queria que as pessoas parassem de sofrer por bobagens, de complicarem suas vidas, de se fazerem de vítimas.
Eu queria que as pessoas reconhecessem seus erros, fossem generosas e não tivessem medo.
Eu queria enxergar o que há de errado comigo pra eu parar de me importar com o que não posso mudar.

2ª feira novinha

Chegou a primeira segunda do ano! ;-)
Quero gás pra executar meus planos. Tenho tantos...
Emagrecer, uma diarista em casa, minha terapia de volta, manicure quinzenal, fazer ginástica - só pagar a academia não adianta...
Quero ganhar mais dinheiro, fazer um curso, um congresso.
O aniversário do meu filho. Esse ano é sua primeira década!
E por onde começar? Acho que dormindo, porque eu preciso descansar! ;-)

Vem logo!

Preciso de ar fresco.
Voo de pássaro; vento.
Zélia Duncan cantando "Alma".
Quero sorriso, bola de sabão. Beijo estalado, entrelace daquela pequenina mão.
Saudades do meu filho lindo. Que chega hoje, não vejo a hora!
Sossego, fora! Quero bagunça! Sentar num hot wills, tropeçar num transformers...
Juro, sinto tanta falta...

A lâmpada (nada) mágica

Desejo luz - pra quem merece tê-la
Desejo felicidade - pra quem sabe encontrá-la
Desejo prosperidade - pra quem sabe o que fazer com ela
Desejo saúde - pra quem reconhece sua importância
Desejo amor - pra quem sabe amar
Desejo sorte - para os que não estão nos meus apostos citados acima. Aposto que precisarão...